Nesta longa aventura com que a Resistência se aproxima agora das 3 décadas, o marco dos primeiros 25 anos foi importante. Celebrou-se com amigos, os que pisaram o palco e os que encheram as plateias, com cantigas que todos sabem de cor. Na Meo Arena, que já teve nome de grande mar, num dia 13 de Outubro de 2017, Alexandre Frazão (bateria), Fernando Cunha (voz e guitarra 12 cordas) Fernando Judíce (baixo), José Salgueiro(percussões), Mário Delgado (guitarra), Miguel Ângelo (voz), Pedro Jóia (guitarra clássica), Olavo Bilac (voz) e Tim (voz e guitarra) viajaram pela sua história convocandoas grandes vozes de Raquel Tavares e António Zambujo, dois amigos de longa data que quiseram dizer “presente” nesse momento único.
António Zambujo é o cantor que partiu do seu Alentejo para uma fulgurante conquista do mundo, da Europa ao Brasil, com a mesma língua que a Resistência transformou em bandeira. “É uma grande voz, um grande nome desta cultura moderna da canção portuguesa e para nós será uma honra tê-lo em palco,” explicou na altura a Resistência em comunicado. Sobre Raquel Tavares, as palavras da Resistência também vincaram a sua relação com esta língua que aqui se canta: “A Raquel já cruzou o mundo com a nossa língua, já foi aplaudida nalguns dos melhores palcos internacionais, sabe bem o que significa cantar em português, como a canção certa pode levar o espírito de um povo muito longe. Faz sentido tê-la ao nosso lado, ao lado do António Zambujo que também aceitou o nosso convite”.
E a Resistência, nessa festa de 25 anos, regressou a canções que já são autênticos hinos: “Não Sou o Único”, “Nasce Selvagem”, “A Noite” ou “Amanhã é Sempre Longe Demais”, “Fado”, “Sete Naves”, “Timor” ou “Circo de Feras”, mas também “Se Te Amo”, “Traz Outro Amigo Também”, “Só no Mar” ou “A Gente Vai Continuar”, criações de nomes incontornáveis da nossa música como os Xutos & Pontapés, Delfins, Sitiados, Rádio Macau, GNR ou Heróis do Mar e Jorge Palma ou o eterno Zeca Afonso.
Raquel Tavares deu voz a “Liberdade”, que Pedro Ayres escreveu, e “Que Amor Não Me Engana”, clássico do especial cancioneiro de José Afonso, e António Zambujo cantou o “Perfeito Vazio” a que os Xutos deram originalmente a sua força, e “Zorro”, o tema com palavras de João Monge e música da grande dupla João Gil e Luís Represas. Quem as aplaudiu em directo sentiu os naturais arrepios que estes momentos geram e que este duplo CD agora preserva.
A Resistência coleccionou grandes marcos e memórias muito ricas nesta jornada que já vai para lá dos 25 anos e correu o nosso país de lés a lés, com o embalo dos generosos aplausos de um público que sempre esteve presente e que, na verdade, fez de todas as apresentações memoráveis celebrações.
Ficha técnica
Gravado em Lisboa – Meo Arena
13 de Outubro de 2017
Convidados
Raquel Tavares
António Zambujo
Músicos
Alexandre Frazão – bateria
Fernando Cunha- voz e guitarra de 12 cordas
Fernando Júdice- baixo elétrico
José Salgueiro- percussões
Mário Delgado- guitarras
Miguel Angelo- voz
Olavo Bilac- voz
Pedro Joia- guitarra clássica
Tim- Voz e guitarra de 6 cordas
Produtor
XAPA 13
Kabeca Ferreira
Sofia Alves Dos Reis
Road Manager
Paulo Sousa Martins
Som de Frente
Carlos Vales
Assistente de som de frente
Paulo Amado
Som de palco
João Escada
Desenho e Direcção de Iluminação
LD | Leston Design
Iluminação
Pedro Leston | Pedro Leston Martins | Paulo Correia
Roadies
Antonio Gomes (Tozé) | João Costa (Moles)
Tele Ponto
João Cortez
Fotógrafo
Rómulo Silvestre
Produção duplo CD
Fernando Cunha, Tim e Carlos Vales
Gravação
Auditiv Audiovisuais lda – Daniel Bekerman
Carlos Vales
Pós produção, Mistura e Masterização no Estúdio Auditiv
Carlos Vales
Fotografias da capa
Retiradas das gravações de video por José Pinheiro
Grafismo
Transglobal.pt